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22.12.07

eu e o tempo

não estou de férias
estou trabalhando o tempo
que não passa entre os dedos

o tempo vem e se instala
e é dele a velocidade
da rotina, do imprevisto, do planejado

ele acelera os fatos
prolonga os segundos de espera
suspende o ar no espanto

estou trabalhando o tempo
o tempo de achar o tempo
que não posso perder
que pretendo ceder
a cada momento
de prazeroso
ócio.

<a href="http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/" title="Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0">CC BY-SA 3.0</a>, <a href="https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=86178">Hiperligação</a>
Janela nas ruínas de Macchu Pichu
Originalmente publicado em dezembro de 2007, no Dedo de Moça.

14.12.07

Por favor, me respondam

Gente, dá uma forcinha respondendo aqui. Depois eu explico, ok?

1. Você sabe o que é o Fórum Social Mundial? Se sabe, é o quê?
2. Você sabe o que é o Rio com Vida? Se sabe, é o quê?
3. Você sabe o que são os Direitos Humanos? Sabe? O que são?

Chato, né? Ah, vai, quebra essa pra mim. Preciso ter uma ideia do nível de conhecimento (ou desconhecimento, mais provavelmente).

4. Como cidadão você se sente indignado com alguma coisa? Com o quê? E faz o que pra resolver isso? Como?

É isso, gente. Agradeço muito a quem responder.

ah, me diz também idade, cidade e profissão ok? Tá, se não tiver saco, não diz. Mas que ajudaria...

11.12.07

Muitas amigas reclamam que estão virando suas mães. Ontem, me olhando no espelho, constatei que eu não estou virando minha mãe.

Estou virando minha tia. Paterna.

Até as sandalinhas são do mesmo tipo. Se saíssemos hoje ela, minha prima e eu, ninguém teria dúvidas de que 'somos' mãe e filha. Minha prima? Ah, uma passante.

Eu? Acho ótimo.

7.12.07

Toda vez que flagro em mim um gesto de minha mãe, um hábito de meu pai ou um traço de minha avó, me odeio. E odeio mais ainda todos eles quando detestam em mim o que é apenas herança. Herança deles.

1.12.07

Não sei o que foi mais inacreditável: se o arcebispo falando que estamos numa "quase epidemia" ou se o pajé falando "não usa camisinha não gente, porque camisinha atrapalha". Foram esses os discursos no microfone da "celebração" oficial do dia internacional de combate a AIDS. Eu quase enfartei. Só a representante dos terreiros fez um discurso sério, acertivo, correto e reinvidicatório. Um alívio.

A segurança de olho, querendo dar o bote. O que eu fiz? Pedi ao povo para não fazer nada até eu voltar. Fui até a imprensa e chamei TODOS OS VEÍCULOS PRESENTES. E eles foram. Cada um a seu tempo, mas foram. E os seguranças tiveram que ver os câmeras filmando a Mara Moreira (vice presidente do Grupo Pela Vidda) vestindo uma camisinha no meu braço, até depois do cotovelo.

Distribuímos as 400 camisinhas, explicando para cada pessoa que recebia porque estávamos fazendo aquilo. As pessoas olhavam pra gente com cara de quem está pensando: 'ah, é mentira, o governo não ia fazer isso em um evento oficial'. Mas fez.

Por fim, criamos coragem e distribuímos camisinhas para os bombeiros e, principalmente, para os militares, armados até os dentes. Renderam boas fotos esse momento.

No final, nos enfileiramos no lugar da saída, em um protesto mudo, cada um com uma camisinha não mão. O Arcebispo e os outros passaram encarando a camisinha. Ele olhou e disse: tchau. E nós em coro: tchau!

É tudo muito triste, mas estou aliviada. Sempre vale a pena.

Mais triste que isso só ver que as pessoas se mobilizam até para passar chapéu pra comprar mais uma cerva, mas não se mobilizam para reinvidicar seus direitos, para protestar contra um ato assassino de censura. Sim, assassino, porque proibir alguém de usar camisinha hoje é o quê?

Bom, é isso, só queria contar pra vocês.

Mostro as fotos quando chegarem pra mim.

Camisinha no Corcovado hoje, já!



onde: Cosme Velho, estação do trem do corcovado
quando: HOJE - 1º de dezembro, este sábado, às 15h
como: distribuição gratuita e pacífica de camisinhas



Preservativo é Excluído da Comemoração Oficial do Dia Mundial de Luta Contra a AIDS


"Acelebração no Cristo busca focar a solidariedade às pessoas que vivemcom HIV. Portanto, pela natureza do ato, não cabe a distribuição depreservativos no evento", diz o documento assinado pela diretora do Programa, Mariângela Simão.

Er...hã... uh... como assim? Em um evento que celebra o Dia Mundial de Lutacontra a Aids não cabe a distribuição de preservativos? Em um país ondeo risco de contaminação, principalmente entre mulheres jovens tem seelevado? É isso mesmo? Gente, a única forma de evitarmos a doença foi EXCLUÍDA!

Vai ser no Cristo Redentor.É assunto sério de mais pra ficar relegado apenas a leitura diária de jornal.

Nossa proposta é aperecermos todos por lá, devidamente abastecidos de uma boa quantidadede camisinha para fazermos, nós mesmos, uma distribuição gratuita. Éuma boa forma de protestar agindo. Topam?

Sugerimos ainda uma blogagem coletiva: quem não é do Rio - e quem étambém, porque não? veste uma camisinha virtual em seu blog, fotolog, e-mail, orkut etc. nesse sábado, dia: 1º dedezembro. Dia Mundial da Luta contra a Aids.


Játemos o apoio do Grupo Pela Vidda, que forneceu 400 camisinhas. A ONG Viramundo também está nos apoiando e estará presente com um grupo de médicos. Estarão presentes o estilista Carlos Tufvesson, o jornalista e poeta Bruno Cattoni - um dos fundadores doPela Vidda - e Mara Moreira, Integrante do ABIA - Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids.

Contamos com a presença de todos.
Compareçam. Divulguem.


>>>ATENÇÃO: VÁ DE CARRO, O TRENZINHO NÃO ESTARÁ FUNCIONANDO<<<

25.11.07

Trabalho olhando a vista. Entre eu e o céu, os prédios distantes e o tanto de verde, apenas Catarina. Catarina descobriu que o mundo é mais do que a janela do vizinho.

Não preciso acender as luzes antes das 19h. Os sons da rua chegam difusos, não incomodam. Apenas se acomodam nos espaços, de um jeito agradável, não são invasivos.

Enquanto o dia corre, jogo fora passados que não são história e reconstruo meu universo particular. Que já compartilho com aquelas pessoas queridas que, estas sim, fazem parte da história. Da minha história.

Não é bem um recomeço. É mais uma volta, daquelas que a gente dá depois de uma pausa longa, indesejada mas necessária. A pausa acabou.

E não esqueçam blogagem
coletiva dia 1º de dezembro: camisinha nos blogs!


E quem estiver no Rio, repito
a proposta: vamos fazer uma distribuição gratuita de camisinhas no Cristo.


Não entendeu? leia
aqui

24.11.07

Preservativo é Excluído da Comemoração Oficial do Dia Mundial de Luta Contra a AIDS

onde: Cosme Velho, estação do trem do corcovado
quando: 1º de dezembro, este sábado, às 15h
como: distribuição gratuita e pacífica de camisinhas

“A celebração no Cristo busca focar a solidariedade às pessoas que vivem com HIV. Portanto, pela natureza do ato, não cabe a distribuição de preservativos no evento”, diz o documento assinado pela diretora do Programa, Mariângela Simão.


Er... hã... uh... como assim? Em um evento que celebra o Dia Mundial de Luta contra a Aids não cabe a distribuição de preservativos? Em um país onde o risco de contaminação, principalmente entre mulheres jovens tem se elevado? É isso mesmo? Gente, a única forma de evitarmos a doença foi EXCLUÍDA!

Vai ser no Cristo Redentor. Se informa uma pouco mais que vale a pena. É assunto sério de mais pra ficar relegado apenas a leitura diária de jornal.

Sugiro aparecermos todos por lá, devidamente abastecidos de uma boa quantidade de camisinha para fazermos, nós mesmos, uma distribuição gratuita. É uma boa forma de protestar agindo. Topam?

Já temos o apoio do Grupo Pela Vidda, que forneceu 400 camisinhas. A ONG Viramundo também está nos apoiando e estará presente com um grupo de médicos. Estarão presentes o estilista Carlos Tufvesson, o jornalista e poeta Bruno Cattoni - um dos fundadores do Pela Vidda - e Mara Moreira, Integrante do ABIA - Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids.

E, numa sugestão da Mani, sugiro ainda uma blogagem coletiva: quem não é do Rio - e quem é também, porque não? veste uma camisinha virtual no blog no dia: 1º de dezembro. Dia Mundial da Luta contra a Aids.

>>>ATENÇÃO: VÁ DE CARRO, O TRENZINHO NÃO ESTARÁ FUNCIONANDO<<<

6.11.07

A gente paga pra se apurrinhar

Quero acreditar que não recebi o livro comprado e nem o dinheiro de volta do site Submarino apenas por uma questão de incompetência do site. Porque as alternativas à incompetência são bem piores.

Desconhecendo essa incompetência, fiz uma compra. Prazo previsto para a entrega, se não houvesse incompetência: 6 dias. Quando eles me avisaram que não entregariam o livro porque estava indisponível? Quando acabou o horário comercial do último dia útil do prazo. Bom, considerando que através do site fiz o acompanhamento do pedido, o que me fez acreditar que não precisava temer incompetência, como classificar isso? Acho que incompetência está bom.

Já se passaram 6 dias desde o comunicado. Enviei os dados solicitados para receber o reembolso e... até agora, nada. Oi? Como? Você acha que não é incompetência? Tá, pode ser que não, mas as alternativas são bem piores.

Tentei entrar em contato pelo site. Todos os links e formulários para esse tipo de questão, depois de devidamente acessados e preenchidos resultam em... time out! Olha, posso estar enganada, mas desconfio que é incompetência.

Por que estou aqui enchendo o saco de todo mundo com essa história? Para desabafar, para compartilhar minha experiência no mínimo desagradável e para com sorte e apoio de São Ilusão talvez ter a graça concedida de ter esse post lido por alguém do Submarino, já que o e-mail que enviei foi ignorado. Aí, quem sabe, eles não resolvem fazer o depósito de reembolso na minha conta, pra mostrar que estou enganada e que não foi um caso de incompetência.

24.10.07

katia, a mulher clichê

Katia, a mulher clichê, não sabe ler nas entrelinhas e interpreta tudo ao pé da letra. Geralmente não sorrio não. São gargalhadas sonoras mesmo. Toda vez que vejo os clichês que escapam pelos vãos dos teclados... (os meus inclusive - e por que não?) Os clichês anônimos, sem lenço, documento, endereço ou e-mail. Mas não é isso mesmo o clichê? O desgastado? O mais um na multidão? Trivial, vulgar, ordinário. E por isso mesmo sem identidade, anônimo. O Clichê, o lugar comum, a leitura literal. Boas risadas você me proporcionou dona Clichê :)

Oi? Quê? Não foi democrático? (gargalhada sonora). E quem disse que seria?

Os devaneios e a vaca

O som que invade o quarto não dissipa o silêncio que pesa na cama. O dia corre sob nuvens negras que desabam enquanto o banheiro inunda.

A gata só me olha. Ela não se importa com o córrego que se forma e toma a direção da sala. Ração seca, areia limpa e água fresca é tudo de que toma ciência. Hoje não seria mau se ela estivesse certa e a bichana de estimação fosse eu, esticada no meio do caminho, barriga pra cima, exigindo autoritária mais e mais chamegos. E uma sardinha. Ou duas.

O cheiro de alfazema domina o quarto. Aqui as verdades usam as lombadas descascadas dos livros para dizer: estamos aqui, não adianta tentar ignorar, fingir que não vê.

Sempre fui dada aos impossíveis da vida. Certas coisas não mudam. Ainda bem.

Um desejo enorme de mostrar à vizinhança ignara toda minha capacidade de baixar, baixar muito o nível. Mas ando esses dias elegante demais. A elegância, essa sim é pecado. Então deixo. Deixo o som invadir o quarto, o dia correr, a água inundar o banheiro.

E sentada elegantemente deixo os berros histéricos que rasgam os sentidos dos meus pensamentos - que são divinamente inaudíveis - dizerem pra velha-vaca-filha-da-puta que mora aqui ao lado que eu desejo de todo o meu coração que ela morra. Que morra lenta e dolorosamente, pra sofrer bastante. Com o cu arrombado na Praça Paris. Mas quem me olha, nem imagina.

30.9.07

Priscila e a Dor de Cabeça

A Dor de Cabeça amanheceu com uma Priscila inacreditável! Simplesmente acachapante.

Tentou:
- duas doses de sono
- três Sabino, um Drummond e dois Cattoni
Nada. A Priscila não cedia.

Experimentou então diversificar;
- três faixas de Flunk
- Sashimi, arumaki, shitake, sake
Solução, cadê???

Priscila ali:
Inabalável
Inatingível
I-na-cre-di-tá-vel

A Dor de Cabeça estava impressionada. Há tempos que não tinha uma Priscila assim!

Não se deu por rogada
Tentou limonada
“Ainda me livro dessa judia safada”

Priscila – a judia safada – bem, nem te ligo...

Dor de Cabeça, arrasada, desistiu.
Recolheu-se à insignificância do cérebro de umazinha que por ali passava.



Um novo dia.
Priscila amanheceu hoje com uma Dor de Cabeça Inacreditável! Simplesmente acachapante...

23.9.07

API - A P* da Idade

Ainda lembro da avó de uma amiga contando a história:
 Aí a mendiga me empurrou, eu caí no chão e ela gritava: “palavrão, palavrão”! Isso aos berros, imitando a mendiga.
Não, a mendiga não berrou — palavrão, palavrão! Ela berrou palavrões cabeludos, mas dona Neide (ah memória traíra... é Neide mesmo?) sempre foi elegante de mais pra falar um palavrão cabeludo, que dirá vários (sim! É Neide sim!). Então contou assim sua história. Não deixa de ser coerente...


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Abri o caderninho de telefones de minha avó para anotar o 0800 da guarda municipal e encontro a listagem:

Netos de Laís:
Gustavo - 3 anos
Gabriel - 7

Netos de Olesa:
Pedro - 15
Carolina - 18

Gata da Pit:
Catarina - é pretinha

20.9.07

35

35 na lata. E sem anestesia.

Estou aqui acariciando os fios brancos e observando os primeiros pés de galinha.

As crianças já pararam de me chamar de "tia" em cinemas e shoppings. Agora é "senhora". Senhora. Senhora? Cara, eu não quero esse tipo de deferência não!!!

Diz a Mani que não devo me preocupar com os pés, que o problema é quando surgirem as penas. Mas poxa... pena eu sempre tive... Sempre fui assim, meiga... hohoho.

Pra mim a melhor idade sempre foi a que eu tinha no momento. Então me pergunto: o que mudou que estou achando péssimo?

Vantagens? Tem, claro que tem. Mas tem que tomar cuidado para não confundir "filosofia-pollyana" com vantagem. Vintage. virei vintage! Très chic!!! Putz: sou do século passado! Já saía sozinha na década de 80. Hoje conheço profissionais que nasceram na década de 80!

Quer saber? Vou passar um batom poderoso, empunhar um salto agulha e que saia da frente quem tiver juízo, porque eu cheguei!

16.9.07

O senado e o Google

Seguindo a sugestão do Bender Blog, Pensar Enlouquece Pense Nisso e Rodrizo Stulzer:

"Ao invés de sair por aí postando que o Senado é a vergonha nacional sugiro fazer algo diferente:

VERGONHA NACIONAL

Quanto mais gente lincar estes termos da forma que eu fiz, mais rapidamente o Google mostrará para o mundo que o senado brasileiro é a vergonha nacional.

E então, alguém a fim de colaborar?

Basta escrever a frase Vergonha Nacional e lincar para o Senado."

15.8.07

Silêncio de Girassóis, de Bruno Cattoni. Lançamento dia 22 de agosto de 2007


"DONA EDITH THOMPSON HOMEM MANTÉM, há dezoito anos,
a 'Creche Comunitária dos Girassóis', no Morro do Céu, comunidade
pobre de Niterói. A creche atende em tempo integral os
filhos dos catadores de lixo de um aterro sanitário. Eles ganham
comida, roupa, calçado e reforço escolar.
Moradora de Viçoso Jardim, bairro vizinho ao vazadouro,
D. Edith acompanhava diariamente o drama dos catadores quando,
em 1989, resolveu arregaçar as mangas e, por conta própria,
começou a trabalhar para oferecer mais dignidade às famílias. D.
Edith criou, então, a creche que chamou de 'girassóis' – a única
flor que nasce no lixo.
As crianças entram na creche às oito horas da manhã. Às
cinco da tarde, de banho tomado e alimentadas, elas aguardam a
chegada dos pais para voltarem às tendas do lixão, onde dormem.
A creche fornece quatro refeições por dia: café-da-manhã, almoço,
lanche e jantar.
Apesar do apoio que a instituição oferece às famílias, muitas
crianças foram abandonadas na Creche dos Girassóis. Alguns bebês
D. Edith recolheu nos arredores do vazadouro, dois ela adotou.
Lucas foi esquecido num caixote de papelão. Grampola estava
deitada no peito de um homem bêbado – ambos dormiam na
lama, sob uma tempestade."

Essa é a razão de ser do livro Silêncio de Girassóis, de Bruno Cattoni.

O livro conta, num longo poema ( 2.300 versos) a saga de D. Edith Homem, uma mulher que resgatou mais de mil crianças que trabalhavam ilegalmente nos vazadouros sanitários. O prefácio é do poeta amazonense Thiago de Mello, autor d'Os Estatutos do Homem.

O poeta, jornalista e ativista dos direitos humanos Bruno Cattoni prepara a terceira edição do Festival Poesia Voa, no Circo Voador, e está trabalhando com o Fórum Social Mundial, na realização do próximo evento do Fórum, o Rio Com Vida, em janeiro no Rio.

Bruno é editor de textos da TV Globo e membro da Ong Movimento Humanos Direitos (Mhud)


O quê: Lançamento de Silêncio de Girassóis, de Bruno Cattoni, Ed. 7 Letras.
Quando: 22 de agosto de 2007, quarta-feira, 19h.
Onde: Livraria da Travessa
Rua Visconde de Pirajá 572, Rio de Janeiro



>> Até a véspera do lançamento é possível fazer o download gratuito do livro, no site do poeta: www.brunocattoni.com

21.7.07

FLAP! 2007 - Contaminações

A segunda edição carioca da FLAP! acontecerá nos dias 4 e 5 de agosto, na PUC. O tema deste ano é Contaminações. Entre os nomes já confirmados estão Bruno Cattoni, Sylvio Back, Mano Mello, Cairo Trindade e a poeta e editora Thereza Christina Motta.

Este ano, além das palestras o evento terá leituras entre uma mesa e outra.

Leia o Release.

Em breve, disponibilizarei a programação.

Espero todos lá!

27.6.07

Eu poderia estar falando?


- Eu poderia estar falando com o Senhor José das Couves?
- Não, mas poderia estar indo a merda.

Atendentes de telemarketing, ativo ou passivo (sim, esses profissionais são foda mesmo!) não leem, não andam nas ruas, não assistem TV, rádio, não falam com os outros. Ou já saberiam que são piada, o porquê e voltariam a falar português.

28.5.07

Tanto Amor

O beijo de surpresa na escada
O coração em disparada
A mão alvoroçada
Pra nada...

Não se abriu o céu
Chuva que não cai
Não germinou o fruto
Ninhada que não vinga

Tanto amor...
Desabrochou, perfumou...
murchou

O desejo que não cedeu
A palavra que não falou
O silêncio que não calou
A saudade que não cresceu

Desabrochou, perfumou, murchou
Tanto amor...

Não adianta trocar a água
Adubar, regar a terra
Não tem mais broto
Não brota nada.

Lembra meu amor?
Desabrochou, perfumou, murchou
Pra nada

16.5.07

Notícias do Nepal


Meia-noite e meia, chego em casa do Jasmim Manga quentinha. Encontro postal do Guiga: que fecho bom pra noite, que coisa boa. Nepal, trilhas que duram pra lá de um mês e lá pelas tantas as perguntas inevitáveis, quase um default: "Será que a nossa galera tem futuro? Será que eu vou virar uma pessoa que presta? Será que consigo publicar o livro quando voltar?" Ah, Guiga... será? Te devolvo as perguntas: Será que ainda existe a "nossa galera"? Será que eu vou virar uma pessoa que presta pra mim? Será que alguém quer ler o que eu tenho pra mostrar? Será? Será que eu acordo amanhã?

Não faço a menor ideia.

Traga sim uma pétala seca do alto da montanha ou uma bandeirinha budista tibetana. Vou cobrar. Que bom te ler.
Te amo, meu amigo.
Fica bem.

13.5.07

Pé quebrado

Há um consenso geral
que o meu bom senso vai mal.
Sigo com meus versinhos de pés quebrados
ignorando os recados.

Se meu bom senso vai mal - dizem...
Digo eu que não faz mal:
Não me importo,
não tem importância.

Não tenho a ganância de nesse mundo boçal
ser o que o povo considera uma pessoa normal.

Nesse momento em que Babado Novo é um acontecimento
e Moreira da Silva caminha para o esquecimento
me dou ao direito de versos fáceis, rimas pobres,
que se perdem com o vento.


*****><*****

E digo mais: pouco me importa se são ou não sonetos, se a rima é pobre ou rica ou mesmo se rima. Não estou nem aí para a quantidade "correta" de estrofes, versos ou sílabas.

Barbarismo. Conhece? Pois é. Sou tão bárbara quanto meus versos. E por isso agradeço todos os dias.

*****><*****

O Armazém Literário está atualizado. Vai !

1.5.07

Estagnou


Estagnou. Sabe? Quando dá aquela estagnada básica? E aí você pensa: "Putz, e agora?". Aí pra piorar, você descobre que não tem "e agora". Porque não é você quem decide. A única decisão que você pode - ou poderia, mas aí já é outra discussão - tomar, é descer. Abandonar o barco. Mas isso... você quer? E fica aquela pergunta ali te atormentando os miolos: "mas nega, tá valendo a pena?". E você finge que não ouve. E continua lá, estagnada. Esperando que um vento sopre e você não tenha que resolver.

27.4.07

Jasmim Manga

Essa terça, dia 24, os irmãos Tornaghi convidaram a Thereza Christina Motta para, com o pessoal do Ponte de Versos, homenagear Hilda Hilst, que morreu em 2004.

Lá pelas tantas, Chama e Fumo, de Manuel Bandeira, na voz do Eduardo Tornaghi, me deixou ainda mais satisfeita com a noite tranquila, de harmonia mesmo.

Então compartilho aqui o poema, já que a noite e o clima... só se vocês aparecerem por lá na terça que vem. Vale a pena!

CHAMA E FUMO

Amor - chama, e, depois, fumaça...
Medita no que vais fazer:
O fumo vem, a chama passa...

Gozo cruel, ventura escassa,
Dono do meu e do teu ser,
Amor - chama, e, depois, fumaça...

Tanto ele queima! e, por desgraça,
Queimado o que melhor houver,
O fumo vem, a chama passa...

Paixão puríssima ou devassa,
Triste ou feliz, pena ou prazer,
Amor - chama, e, depois, fumaça...

A cada par que a aurora enlaça,
Como é pungente o entardecer!
O fumo vem, a chama passa...

Antes, todo ele é gosto e graça.
Amor, fogueira linda a arder
Amor - chama, e, depois, fumaça...

Porquanto, mal se satisfaça,
(Como te poderei dizer?...)
O fumo vem, a chama passa...

A chama queima... O fumo embaça.
Tão triste que é! Mas... tem de ser...
Amor?... - chama, e, depois, fumaça:
O fumo vem, a chama passa...

Teresópolis, 1911.


O quê:
Poesia

Com quem:
irmãos Tornaghi e convidados

Onde:
Jasmim Manga
Largo dos Guimarães, 143

Quando:
Terça-feira - Sempre!
das 19h30 às 23h30

24.4.07


Margarida na verdade é travesti. Ou seja: ela e Donald não só são o primeiro casal gay das histórias em quadrinhos infantis, como são também os primeiros a conseguir a guarda de três crianças. Viram? Tio Disney não era reacionário como dizem, na realidade era um cara ousado, um agitador dos valores e dos costumes.

Nenhum personagem de Disney tem pai ou mãe. Quando um deles tem, como Bambi, por exemplo, imediatamente fica órfão, de modo cruel e traumático. Daí levantamos as seguintes questões:
- Disney era órfão?
- Não sendo órfão: Disney odiava sua mãe?
- Seria a mãe de Disney uma pedófila que abusava do filho?

Sim, questões essenciais para entendermos os rumos da humanidade.

Cinco horas de sono profundo, sem pesadelos ou interrupções. E daí que foi de 21h as 02h? É uma evolução sim!

22.4.07

Serpente

A língua bipartida sibila, silvos agudos que penetram os ouvidos, a pele, as entranhas, como um alfinete. Fino e profundo. E neste caso em brasa, para estancar qualquer possibilidade, ainda que remota, de sangramento. Apagar qualquer rastro ou vestígio é uma meta.

Ela se aproxima sorrateira, sempre sorrindo angelical, serpenteando e sibilando libidinosamente. Escorregadia, envolve a presa – ele – que excitado e aterrorizado goza a cada segundo, de terror e curiosa incógnita. O que vem a seguir? A mulher quente, úmida e submissa? Ou a serpente venenosa, ardilosa, com suas presas e seus sibilos mortais?

Ambas lhe são igualmente atraente e sedutoras. Gostaria de devorá-la em uma só dentada, ser devorado em menos de um segundo por cada uma dessas criaturas. Criaturas que se fundem em uma única. Fêmea de aspecto agradável, mas nada além disso. Nem feia, nem bonita. Apenas agradável. Sua visão é confortável, no entanto não atrai olhares. Mas quando cruza com eles... almas perdidas.

Hipnótica, psicotrópica. Ímã. Cada desventurado que tem a infelicidade de um cruzar de olhares com a serpente, perde naquele momento sua alma e o controle sobre sua vida. Escravidão demandada. Servidão implorada.

E seu séquito de seguidores cegos e inebriados, cresce a cada dia. Uma gigantesca multidão. Escondidos na rotina do dia-a-dia, dos escritórios, dos bares e das esquinas, dão o sangue para garantir a sobrevida de sua Senhora.
Por que se alimenta de suor, sangue, ansiedade, angústia, inveja, ciúmes e descontroles.

Vil, ignóbil, infame. Eficiente na construção da imagem de inacessibilidade. Que torna seus gestos, hábitos, crenças e ações torpes em objetos de desejo. O desejo em que cada um de seus servos quer mostrar que ele, e apenas ele, é Aquele que alcança e que sim, é capaz de fazê-la mudar. Eficiente, a víbora, em fazer crer em ilusões.

29.3.07

Você sabe?

Você sabe? Então me conta? Conta, vai... Eu, eu não sei. Me explica. Me explica como é ser objetivo e prático. Como traçar uma reta e não desviar com pequenas distrações. Me explica como se dorme. Nossa, como se dorme?!? Eu não lembro mais... aliás, não lembro nem se algum dia eu soube como era.

O estranho não é eu conversar com a gata. O estranho é eu entender tudo que ela fala. E nada do que acontece a minha volta. Não sei o que as pessoas querem, não sei o que eu tenho que fazer. Nem como. Nem por que (ou é porque? ou porquê? ou por quê? caramba, nem a língua ajuda!). Você sabe? Que caminho tem que seguir? Se sabe, conta pra mim: como é que você fez pra saber? Se não sabe, conta pra mim: como é que você convive com isso?

Leio cadernos antigos e constato sem dúvida alguma que o passar dos anos não me traz sabedoria. Pelo contrário, tenho emburrecido a olhos vistos. Isso também acontece com você? Daqui a 10 anos estarei analfabeta? Já estou semi, não tenho dúvidas.

Vamos fazer isso? Conta pra mim? Então é isso. Me conta. As dúvidas, as certezas, as broncas, os desisteresses. Me conta. Quem sabe eu descubro que não sou só eu... Ou, ainda, descubro que eu sou uma besta mesmo. Mas aí pelo menos eu vou ter certeza que eu sou uma besta. Porque hoje (junto, separado, com ou sem acento???) eu não sei nada. Então me conta. O que você quiser.

23.3.07

O Princípio e o Verbo

No princípio não era o verbo
No princípio era a visão e a pulsação
Curiosidade, excitação, empolgação

No princípio era lisérgico
Urgente
Premente
Incandescente

Então tornou-se o verbo
E o verbo era Deus
E nos diz o livro:
"O verbo se fez carne,
E habitou entre nós"

E a carne é incandescente
Premente
Urgente
Queima e refresca

A carne é una
é chama e alimento
A carne somos nós.

A carne é união
E a união não tem pressa
Porque a união é.

15.3.07

Inédito Gratuito de Bruno Cattoni

O livro inédito Silêncio de Girassóis, do poeta e jornalista Bruno Cattoni, está disponível para download gratuito em seu site, na seção de livros. O link pro livro na home do site faz o download também.

Na seção Matérias, SLAM, sobre SLAM POETRY vale a leitura.

A atualização de poemas e matérias é semanal. Vai lá!

www.brunocattoni.com

3.3.07

Se você morasse aqui

Hoje, se você morasse aqui, eu ia te chamar pra tomar um chope. E você eu não sei, mas eu ia beber além da conta e ia te levar pra praia no meio da madrugada e você ia entrar em pânico porque eu, bêbada, ia resolver tomar banho nua e então um policial ia aparecer querendo nos prender por atentado ao pudor. Mas não seríamos presos não, porque somos brasileiros, moradores do Rio de Janeiro, então você subornaria o guarda que aceitaria. Aí eu me vestiria, molhada, roupa grudada no corpo, passeando pela avenida principal do bairro do Leblon cantando a plenos pulmões durante o raiar do dia, inconveniente como todos os bêbados costumam ser. E você ali, sem saber se ri ou se me odeia, que bosta de noite, que mulher cretina, onde é que eu me meti? você ia se perguntar, mas não ia se dar ao trabalho de se responder e ia simplesmente me levar pra sua casa porque eu ia perder a chave da minha e eu ia sujar o seu tapete novo de areia e salgar o seu sofá e falar indecências pra sua empregada evangélica, que ia ficar horrorizada, gente sem religião essa, credo, Deus perdoe, Deus não tem nada a ver com isso não minha filha, às gargalhadas eu retrucando e você tentando me enfiar no chuveiro e eu gritando, tá vendo Dalva, ele quer fazer saliência comigo, gargalhando, gargalhando e ela chocada, que esse povo num tem mesmo religião, ah Dalva, se a gente não tivesse religião era melhor, o mundo vivia na paz, por que você sabe né Dalva? que toda grande guerra é Santa! Ah, sabe não? Tá, então tá, então vai passar um café forte, não! eu não quero café não, eu quero aquele red label que tá no seu armário, muquirana e... ia desabar dormindo no seu sofá.

Então eu ia acordar. E você, como é uma gracinha, ia ter me colocado confortável pra dormir em um quarto escurinho, com ar condicionado. E ia me trazer café na cama. E iria dizer com sinceridade que Tudo bem, não tem problema. Todo mundo já deu um vexame na vida e você se comportou bem, mesmo nós dois sabendo que eu tinha sido uma típica bêbada: chata, insuportável, inconveniente. Mas você seria de uma puta amizade e iria me dar aspirina com gatorade pra passar a ressaca. E ia me fazer cafuné enquanto veríamos um dvd. Depois, procuraríamos um chaveiro, iríamos até a minha casa e eu faria um jantar pra me desculpar. E acabaríamos dormindo na sala, com o som ligado, cercados de fotos.

Isso, se você morasse aqui. Mas você não mora.

1.3.07

Tudo Vira Bosta

Já cantava Rita Lee: tudo vira bosta.

A comida, as relações, eu e você.

E não ficam nem as lembranças. Essas se mantêm enquanto estamos vivos. Depois, morrem conosco.

Putrefação. Decomposição das matérias orgânicas, emocionais e táteis pela ação das enzimas microbianas. O ciclo da natureza. Tudo se transforma.

Principalmente eu e você.

Só as enzimas microbianas sobrevivem.

20.2.07

Acabou

É seda pura
________rasgada
É trama nobre
________esgarçada
É fim de festa
É ressaca
É sala vazia
É luz apagada

É o nada
________é o nada

13.2.07

Pintura - Marcio Carvalho


Meu Rio
Não é cidade para ser bebida
Em gole de aguardente seco.

É cidade para ser sorvida.

Tal qual mulata que desce ladeira
E deixa Di e Lan boquiabertos.

É mar é rio é lago é Mario Lago!
É Carlos Minerva Lessa Assanhado!

É labirinto de curvas
Masculina feminina transexual.

É imã atraindo traindo.

É beijo na boca é mão no sexo
É boa noite de “Cinderelas”!

Estrelas iluminadas
Cataclisma vendaval.

É o bonde dos meninos
De Açúcar e de Santa-

É meu time é Lamartine!

É o pai que nos recebe, Redentor
De braços abertos.

É flecha cortada no peito
De seus Santos.

É pobre é rico é guerreiro
É padroeiro de todas as raças.

É vidraça!

Leia mais Marcio Carvalho:
NAVALHAS VOADORAS PARA CORTAR A TARDE, ed. SEERJ
http://www.almadepoeta.com/marciocarvalho.htm


MARCIO CARVALHO era jornalista, poeta, ensaísta e arte-educador. Diretor de Comunicação do SEERJ e membro do Grupo Poesia Simplesmente.Em 2006, representou o Brasil no Segundo Festival Latinoamericano de Poesia "ser al fin una palabra", dentro do Dia Mundial da Poesia, no México. Nasceu em 12/04/67 e se elevou a outro plano em 09/02/2007, aos 39 anos.  

8.2.07

Podrão da Kombi

Passar a noite a base de champagne e finalizar com um podrão da Kombi. É bom. E eu gosto. Foda é postar isso no blog errado (aff...)

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Eu, minha gata, minha bagunça. Bom, bom, bom.

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De onde vem todo esse amor que ele nem merece (ou merece)?

30.1.07

Gargalhada

Gargalhada
Minhas gargalhadas são altas e longas
preenchem os espaços
e brinco, debocho, às vezes passo os limites
ultrapasso sinais vermelhos,
espaços,
linhas amarelas

Minhas gargalhadas me acompanham
sempre comigo, mentindo por mim.
Aqui dentro, permanece o silêncio
a melancolia, a escuridão e a solidão.
A Enorme Solidão.

Que me acompanha, dia-noite-dia.

Não me basto. Preciso da companhia entorpecedora
de alguém de mãos quentes.
De um colo, um corpo quente colado ao meu.

Farsante, farsa, falsária.

Gargalhadas, piadas, brincadeiras:
tudo farsa.

Sou a criança que se perdeu da mãe na festa
Sou o estrangeiro que não fala a língua local e se descobre analfabeto
Sou o equívoco
o aborto
a aberração

Mas dou gargalhadas altas e longas
preencho espaços vazios
brindo-debocho, ácida, sarcástica,
invadindo espaços
ultrapassando as linhas amarelas.

E os olhares e ouvidos crus das ruas, bares e bibliotecas acreditam.
Amém ignorância. A farsante aqui agradece aos céus a miopia geral.

22.1.07

“Eu sou careta! E quero filhas caretas!! Não me surpreendam!!!”
Porra, ela casou de mini saia, que diabos!

Rua

A rua triste olha os carros indiferentes que passam apressados. Será que eles me veem? perguntava-se sem curiosidade.
As árvores altivas, plantadas em suas calçadas, a olham de cima. Sentiam-se sujeito daquela oração. Não percebiam que eram menos que objeto. Auto-imagem subjetiva.
E a rua lá, com seus pedestres transitivos diretos. Seus sinais coordenados.
A rua é praticamente invisível. Apenas um caminho, uma rota de passagem. Mas só a rua está lá, presente, passado, futuro. A rua invisível e estática é também eterna.

15.1.07

Desabamento nas Obras do Metrô de SP

"Um canteiro de obras da futura estação Pinheiros da linha 4-amarela do metrô, na zona oeste de São Paulo, desabou na tarde de sexta-feira (12). O acidente, de acordo com as construtoras responsáveis pela obra, ocorreu devido à instabilidade do solo da região, agravada pelas fortes chuvas que atingiram a cidade dias antes." Folha de São Paulo.

Vamos ver se eu entendi: as construtoras Não sabiam que chove em São Paulo. Hã? Ah, não é isso não? Hum... deixa eu pensar... as construtoras não sabiam que chove! Ah, também não é isso não... então... é... então eu não entendi mesmo não...

Outra coisa: as construtoras não deveriam saber da instabilidade do solo da região? Sabiam? Poxa, tô só perguntando...

Bom, depois que retirarem os corpos, a van e o entulho; depois que demolirem as construções no entorno condenadas pela defesa civil (vão indenizar os moradores, não vão? aliás, todos os proprietários dos "Palaces" do Sérgio Naya já foram indenizados? alguém sabe?); depois que abafarem o caso como de costume; depois de todos os depois: vão continuar a obra no mesmo lugar? Com toda a "instabilidade do solo da região"? Ai, que grosseria, tô só perguntando...

9.1.07

Criatura Insuportável

Ela é chata, ela é imatura, ela é patologicamente ciumenta.
Ela é desestabilizada. Financeira e economicamente.
Não, não olhe para os lados! Ela pode meter uma arma na sua cabeça!! Ela pode te emascular durante seu sono!!! Ela é a personificação da fúria!!!!
Cuidado: ela é...