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29.11.06

Te vejo 6ª no Castelinho

O que: Sarau poético UM Castelo de Palavras
Quando: 6ª feira, 1º de dezembro, das 18h às 22h.
Onde: Castelinho do Flamengo, na Praia do Flamengo - 158. RJ
Quem: Augusto Dias, José Henrique Calazans, Priscila Andrade, Rita Maria de Lacerda (poesia);
Ramon Mello e Francis Lunguinho (crônica);
Cláudia Singer (música)
Formandos da Oficina Literária Novos Autores
Coordenação: João Pedro Roriz
Quanto: Gratuito


Todos os poetas presentes poderão participar do sarau e declamar as suas poesias para o público.



Durante o evento, a Editora Relume Dumará fará o lançamento do livro “Mário Quintana”.


O Sarau UM CASTELO DE PALAVRAS tem o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro e do site www.cronicascariocas.com.br.


Informações: (21) 2285-1355 / (21) 9217-7105.
jproriz@hotmail.com

28.11.06

Descaminho

... e tanta coisa ficou pelo caminho...
tanta resposta que não foi pedida
tanta pergunta que não foi escutada
e no fim, nem fez diferença

porque só era desejado o olhar cúmplice e sincero
que não precisa ser dito, escutado
é um estar de coisas, um sentimento aplacado
um olhar que traz um sorriso completo, terno

porque ali se sabe, naquele momento silencioso
que os fatos estão consumados
que o presente fugidio por um instante é eterno

mas o olhar não veio, nem mandou recado
vieram respostas perdidas
perguntas atiradas
e um sorriso cínico
que falava de um amor que não foi amado

24.11.06

Eclipse



Chovo todas as manhãs
A noite meus olhos eclipsam

O ventre sem função ecoa
Solidão, silêncio, solidão

Observo o rasgo de luz no chão do quarto
Assim como eu, razo

O rasgo de luz não mostra o caminho
Não indica direção
Só um talho e nehuma inspiração.

Os caninos furam os lábios
O sangue escorre e comprova
Há vida nesse corpo inerte

Bad hair day? Bobagem! Isso não é nada...

Despejei o macarrão na pia e não no corredor, depois de ter queimado as mãos com o vapor.
Roubaram meu celular dentro de um banco (tá, eu sei, não precisa falar..., mas é verdade).
Fui até o shopping - isso,aquela caixa fechada de fazer maluco) para ver com a Tim se era possíbel bloquear a utilização da linha e o acesso à agenda; depois, por novo chip com o número antigo, já sem restrições.
Entro no shopping furiosa (tenho uma ligação emocional com as minhs coisas, sorry, essa sou eu) e dou de cara com que? Hum? Com quem?
Sim, minha ex-sogra e sua cara de buldogue eunuco. Estava com uma blusa-quase-vestido verde alface. Cantei um mantra que criei na hora (alface obesooooooo, alface obesooooooo etc.) e tracei uma reta direto, sem olhar para trás, pro quiosque da Tim. Em tese estrá tudo resolvido quando eu comprar ou ganhar (quem se habilita? er... bem... uma ação entre amigos? ;)) um aparelho novo. Tim. É a única coisa que funciona aqui em casa e eu trabalho em casa. Afff
Então tá. Vão dormir.
Fiquem bem.

18.11.06

O problema é não ser da mesma década!

Gatim olha pra mim, faz charme. Gatim tem um biótipo... hã... "Malhação". Gatim tem barba serrada. Gatim entorna chopes e chopes. Eu tomo uma Coca.
Sei lá porque diabos o Inconveniente que já devia ter ido embora interrompe a conversa (de novo) pra perguntar pra Gatim:
- Você, por exemplo, nasceu em que ano?
- 84.
Esguichei metade da Coca na hora. Sem querer. Na cara do Gatim.
A outra metade? Ah... me engasguei, claro.


Agora dei pra sonhar com o primeiro marido. Nos sonhos cometemos hoje as discussões e análises que deveríamos ter cometido 9 anos atrás.
Encontros inesperados são o cão. É o download do caos no inferno que já é a sua vida (sim, estou com insônia; sim, passei a noite em claro).
Pego a Fal pra ler (deixa de ser mané e vai lá: O Nome da Cousa, de Fal Azevedo, editora Komedi):

"- Acabou?
- Acabou.
- Por quê?
- Porque ele ficou distinto e eu fiquei velha"

Pânico.

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Ouço a vizinha reclamando propositadamente alto com o marido que alguém está usando o msn "numa altura absurda". Sou eu.
Será que devo comentar igualmente alto que há 1 ano acompanho contra minha vontade a bizarra vida sexual do casal? Que conheço um remedinho ótimo pra flatulência matinal do marido? Que sei que ele faz número 2 todo santo dia pontualmente às 6:30 da manhã? que tenho algumas professoras ótimas para indicar pra gralha que não sabe matemática?
Hummm... deixa pra lá.

16.11.06

Freud, Freud, onde estás que blá, blá, blá...

Abri minha conta quando ainda era torturada. Fomos eu e o digníssimo, o torturador, no mesmo dia, na mesma agência - ainda bem que não fizemos uma conta conjunta.

Bão, Sebastião, até hoje, quando tenho que dar o número da conta lembro dos dois no banco e cometo o ato-falho: **171-*. Essa não precisa nem de Freud pra explicar, não é não?

Alma de Poeta? Luiz Fernando Prôa

Esse camarada tomou uma das iniciativas mais bacanas do mundinho poético-internético: o site Alma de Poeta, que já virou referência (bem, bem metida: eu tô lá!).

Tem a comunidade no Orkut também. Então hoje, antes de dormir, resolvi ir de Prôa.

Alvo - Luiz Fernando Prôa

falo
com o
som
da alma

essa rara
essência
que trago
aqui

sinto
que cada
palavra
dita

é faca
apontada
para
mim

Alma de Poeta, seu site de poesia, arte e algo mais...

www.almadepoeta.com

13.11.06

É hoje! Corre que ainda dá tempo

Ponte de Versos - Comemoração de 8 anos!

Eu estou indo pra lá agora, recitar meus versinhos... E ainda tem Mano Melo, Andrea Paola e mais um monte de poetas de primeira.

Corre que começa às 20h mas... sempre rola uma demorazinha, etc.

É na Rua Conde de Bernadote 26, na Livraria da Conde.

(Tá, tá, eu devia ter avisado antes mas... minha cabecinha voa, voa)

Para começar bem a semana Armazem Literário atualizado. Vão !

10.11.06

O Amor e o e-mail

- Alô.
- Como é que eu faço pra mandar um "negócio" que eu recebi por e-mail pra outra pessoa? Mas eu não quero encaminhar não, que não podem ler. É só o "negócio" que veio junto. (É, nessas horas ele não fala coisas como "Oi", "Meu amor" ou "Qual a sua conta para eu pagar a consultoria para abobrinhas do mundo digital?")
- Ué, salva o "negócio". Abre outro e-mail e anexa o arquivo.
- Ai-meu-deus (ficando nervoso). Salva como? Abre outra o quê, conta? De que arquivo você tá falando???? (suspira igual um boi enraivecido).
- (Respiro fundo, ommmmmm) O Arquivo é o "negócio" que você quer mandar. Para salvar clica em cima e...
- Em cima do que???????? (espumando)
- (Respiro ainda mais profundo: não-quero-não-posso-não-vou-me-irritar) como eu ia dizendo, clica em cima do arquivo.
- Mas aí vai abrir!!!!
- (Ai saco) Clica criatura, que você vai ver que uma das opções é "salvar".
- Ah tá. AI MEU DEUS!
- Que foi???
- Salvou!
- Não era isso que você queria???
- Mas eu não sei onde!!! Eu perdi o "negócio"?
- (Segurando o riso. Mentira: segurando a gargalhada) Esquece. Abre aquele e-mail de nov...
- Qual????
- Afff.... o que veio o "negócio".
- ah tá. E aí?
- Faz tudo de novo, mas escolhe aonde você quer salvar. Você tem aí uma pasta Meus Documentos...
- Ai caramba! Eu não posso salvar isso no seu computador!!
- (...) Na-su-a-má-qui-na.
- ...ah... tá... (começando a murchar).
- Então, na Sua pasta Meus Documentos, escolhe a pasta mais apropriada ou cria uma pasta nova.
- Meu Deus, não complica!!!! Não pode ser qualquer uma?
- Ai, salva logo no Desktop então, cacete!
- Desk o quê?

E assim seguem o telefonema e o amor. Que é lindo, lindo.


"Sim, eu era aquela que no Calvário gritava: Não amarra não, prega."

6.11.06

Pas Gauche

Non, pas d'accord!
Nous ne sommes pas gauches, mon poète.
Nous sommes humaines.


Advogados são gauches
Dentistas são gauches
Corretores da bolsa são gauches


Não somos gauches
Somos passionais

Temos clareza e bom senso
E o desplante de não usar nem um nem outro
Mas não, não somos gauche.
Somos irracionais conscientes

Mas principalmente, mon petit-grand poète
Somos verdadeiros em nossas falácias
E convicções

Não somos desvairados!
Amantes da lua!!
Ébrios tresloucados!!!

Somos comprometidos com a palavra
Com os sons
E com nossos sentimentos apaixonados.

2.11.06

Eu te amei sim

Esse encontro inesperado, depois-do-banco-antes-da-análise, me pegou de surpresa, no ar. Me emocionei.

Depois de 8 anos de casamento desfeito, lembrar numa esquina barulhenta da primeira vez que nos vimos, de como escolhemos a cor do apartamento, de como dormíamos abraçadinhos, dos acertos e dos desencantos, dos acontecidos e dos que ficaram por...

E hoje eu posso admitir com tranqüilidade que te amei sim, que fui feliz com você sim, que eu queria aquele filho sim e que, sim, doeu sim, quando acabou. E que você ainda mora um pouquinho no meu coração. Você é muito querido.

Que bom que um dia nós nos permitimos.
Fica bem.