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30.7.09



Tenho um enterro hoje, soube a pouco. Meu tio-avô. Fiquei me lembrando do enterro do meu avô, irmão dele, 21 anos atrás. O mesmo céu cinza, a mesma chuvinha fina e chata.

18.7.09

Parto do porto (in)seguro
parto o porto que construo
para quê porto
se o que vale é que sempre parto?

9.7.09

trecho

A gata olhava Maria. Maria nada dizia. O silêncio era tudo que se precisava saber. Qualquer algo mais era excesso. Desnecessário.

Maria olhava a gata. Olhar vago como seu pensamento, que apenas extensão da imobilidade de seus braços, mãos, pernas.

Silêncio de água parada.

O sofá comportava Maria e a gata. Imóveis. O silêncio, movimento sem eco, era pleno. A sala era plena.

Lá fora a rua com motores e buzinas e passantes tagarelas: tolo algo mais.