A gata olhava Maria. Maria nada dizia. O silêncio era tudo que se precisava saber. Qualquer algo mais era excesso. Desnecessário.
Maria olhava a gata. Olhar vago como seu pensamento, que apenas extensão da imobilidade de seus braços, mãos, pernas.
Silêncio de água parada.
O sofá comportava Maria e a gata. Imóveis. O silêncio, movimento sem eco, era pleno. A sala era plena.
Lá fora a rua com motores e buzinas e passantes tagarelas: tolo algo mais.
A gata prepare-se para o nada:
ResponderExcluirsilêncio de água parada.
bjs