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27.4.08

07 de maio: Adriana Monteiro de Barros

Mais um lançamento que vale ir. Comprar o livro então é questão de bom senso.




TUBO DE ENSAIO

Às vezes me sinto uma estrangeira
como se minha arma não fosse a palavra.
É que trago em mim uma poção mais letal
que qualquer tapa na cara.
Meu sangue é vermelho
de um vermelho perverso e maldito
e meu surto é um susto
acostumada que estou aos sobressaltos do corpo.
Mas não há dor nem arrependimentos
apenas dias em que me observo
como lâmina a cortar o espelho
onde já me admirei
e hoje não me reconheço.
Estou com prazo de validade vencido
como vencida está a minha tolerância
aos preconceitos e à ignorância humanas.
Mas quando me defronto com estas tiranias
sem o peso da vaidade
consigo ultrapassar os limites da carne
e viver além do fim.

de Adriana Monteiro de Barros

26.4.08

21.4.08

há tempos que habito esse não-espaço, que o por vir é a rotina e que o silêncio se tornou estéril.

um preto e branco sem grandes sutilezas, sem o charme do granulado acidental que conta os segredos de cada retícula.

um excesso de realidade banal tão violento que dá às horas um aspecto onírico, levando sem resistência essa mente tola para os descaminhos dos devaneios e dos sonhos ruins. realidade de ponteiros gigantescos e modorrentos, um q u a s e
  p  a   r    a     r