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2.3.16

A vida selvagem dos gatos

A vida selvagem dos gatos deu as caras aqui em casa hoje. Acordei com um barulho de helicóptero, olhei para o lado e, ó que lindo! um beija-flor dentro do quarto! Ah, que coisa mais lin... Não! Socorro, putaquepariu, para Eva, sai Flor! E quase vou de cara no chão: o beija-flor estava se debatendo no vidro da janela e tentando desesperadamente não virar café da manhã das gatas. Nada lindo. Literalmente voei, dei uma rasteira Duplo Twist Carpada nas gatas, abri a janela, tudo ao mesmo tempo agora, e salvei o beija-flor. Ufa!

Ufa nada, no quarto ao lado jazia uma rolinha. Pausa. Pausa nada, Eva pegou com a boca e está correndo! Com o cadáver na boca! Para o meu quarto, para a minha cama! Não, Eva! (nesse momento sou o homem de seis milhões de dólares, ou seja, corro em câmara lenta). Eva abandona o de cujus no meio do quarto contrariada. Eva me abandona no meio do quarto, desolada. Me concentro no beija-flor. Não se pode ganhar todas.

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