Pesquisar este blog

19.9.19

O gato e a República

Enquanto a República cai lentamente lá fora, Nego, o gato branco, geme e suspira em sono profundo com a cabeça apoiada no meu braço enquanto digito. Devo contar para ele que Frota parabenizou Felipe Neto? Seria saudável tirá-lo de seu sono fofucho para contar que Frota tem feito postagens, hum, como direi? Sensatas? (Leio as postagens, olho pro chão e sussurro - Satanás, é você?)

Desconfio que se fizer isso ele me surpreenderá não miando, mas falando: "Pegadinha do Mallandro! Yeh, yeh!". Mas percebo rapidamente que isso é apenas um lapso de otimismo patológico da minha parte. Dura menos que um suspiro do gato.

O gato acordou. Não falou nem miou. Está tomando seu banho de língua, alheio à Amazônia que queima, como já queimou Roma.

Agora sentou do meu lado exigindo cafuné. Darei. Será meu ato de resistência! Farei cafuné com a intensidade e emoção daqueles que cantam ainda hoje a Internacional! Sejamos anacrônicos, anacrônicos, anacrônicos! Não passarão, só passarinho - ops, o gato caçou!

2 comentários: