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13.12.06

Tava na cara

Um tanto de realidade na lata
Um tanto de verdade na veia
Um tanto de sangue na cara

E não me falam os fatos
o que já não sei

Não me falam os fatos
nem os falos
Deitei e não escutei
Sufoquei o que senti
Anestesiei o que não vivi
Engoli os sapos
Encarei todas as pedras nos sapatos
E voltei pra casa com meus amores gastos

No silêncio, no quarto
eu e ela – a cretina no espelho
encaramos a intrusa falsária:
travestida de reflexão, se dizia verdade.

Mas a verdade, eu já sabia,
tava na lata
tava na veia
tava na cara

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