A rua triste olha os carros indiferentes que passam apressados. Será que eles me veem? perguntava-se sem curiosidade.
As árvores altivas, plantadas em suas calçadas, a olham de cima. Sentiam-se sujeito daquela oração. Não percebiam que eram menos que objeto. Auto-imagem subjetiva.
E a rua lá, com seus pedestres transitivos diretos. Seus sinais coordenados.
A rua é praticamente invisível. Apenas um caminho, uma rota de passagem. Mas só a rua está lá, presente, passado, futuro. A rua invisível e estática é também eterna.
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