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7.12.18

Rainha da Porra Toda!

A gata Catarina, doze anos, está internada, indo embora. A internação é só para hidratação, não há mais o que fazer. Tumores espalhados em quase todos os órgãos daquele bonsai de pelos. Foi o primeiro bichinho que tivemos juntos, Bruno e eu, e como bem avisou a Fal, depois da perda de um amor a gente chora tudo de novo quando os bichinhos que tivemos juntos morrem também. Catarina ainda está aqui – ainda - mas já chorei baldes e baldes, rodeada pelo meu pequeno zoológico particular de gatos e cachorra.

Fato é que, como ela não está com dor, mantém seu temperamento habitual: Rainha da Porra Toda, Não me Misturo com a Escumalha, Essa Gentalha me Dá Enxaqueca. Então quando fui visitar a bichinha no final do dia, na gaiolinha do gatil do hospital... ela estava fe-liz. Feliz! Sensualizava no tapetinho higiênico usando a caixinha de areia como travesseiro, o rabinho balançando languida e lentamente de um lado para o outro. O pessoal do hospital não entendia nada. Eu entendi na hora: um lugar de assepsia impecável, areia limpinha, água fresca, ração balanceada só para ela, silêncio, ar condicionado levinho e, rufem os tambores, nenhum outro bicho por perto!

Catarina gosta de exclusividade, senhoras e senhores. Cês tão pensando o quê? Ela é Cleópatra, caceta! Só tem ela, só dá ela! Pica das Galáxias, Fodona do Bairro Peixoto, Rainha da Porra Toda, sim senhor! Passa fora, ralé!

Então é isso. Eu me acabando de chorar porque ela está no hospital e ela se sentindo capa de revista, usufruindo os prazeres do SPA da Ilha de Caras.