Acarinho as cabeças de minha cria natimorta
e ouço seus chorinhos miúdos.
Sinto o leite talhado escorrendo
de meus seios inchados e doloridos.
O rio logo se forma,
com seu chão lodoso
e pequenos redemoinhos que tentam me sugar.
Meus pequenos natimortos sugam meu leite talhado.
Pelo rio, boiando, passam
folhas secas,
frutos maduros que o vento derrubou
e algumas flores.
O sol se põe.
Nino a cria.
Adormeço também.
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